"Cristais mistério com memória de elefante", é assim que andam chamando uma das mais novas descobertas científicas. Um grupo de investigadores estadunidenses, da universidade da Flórida, descobriu um material capaz de armazenar entre mil e um milhão de vezes mais dados que as atuais memórias disponíveis (USB, discos externos e etc). Esta capacidade não tem precedentes e em muito pouco tempo poderemos falar de chips de memória de um Exabyte (um bilhão de de Gigas). A equipe está trabalhando com materiais exóticos capazes de armazenar quantidades incalculáveis de informação, atravéz de um cristal bastante particular - conhecido como ammonium dihydrogen phosphate ou ADP. Os investigadores referem que este cristal funciona de uma determinada maneira no âmbito químico, mas já tem uma certa estrutura nanométrica que lhes permita guardar informação.
Geralmente os chips são fabricados de forma a dispor camadas de material que se possam interpretar como valores armazenados, mas estes cristais fazem-no de forma natural graças às suas estranhas estruturas atômicas.O ammonium dihydrogen phosphate foi descoberto em 1938 e os investigadores tem percebido ao longo das décadas que apresentam propriedades elétricas únicas e nunca foram totalmente compreendidas. Em teoria, este cristal permitiria desenhar chips ainda menores e com uma capacidade de armazenamento de dados incrivelmente maior. Por exemplo, se um cartão SD guarda, hoje, um ou dois Gigabytes, um dispositivo do mesmo tamanho fabricado com este cristal poderia albergar até um Exabyte. Entretanto, pelo menos por enquanto, para que o ADP tenha esta capacidade, ele tem de estar a 150 graus negativos. Os pesquisadores estão percebendo que existem materiais semelhantes à temperatura ambiente.