O mundo consumiu mais de 13,2 bilhões de litros de petróleo por dia, em 2006, segundo o Departamento de Energia dos EUA. Cerca de 60% deste petróleo chegou ao seu destino por via marítima. Devido a penalidades mais severas e a avanços no projeto de navios, felizmente, o número de incidentes de derramamento de petróleo reduziu desde que o boom da navegação petroleira começou, nos anos 60. Porém infelizmente, os acidentes não foram eliminados completamente. Entre 1990 e 1999, uma média de 150 mil toneladas de petróleo foi derramada nas vias marítimas mundiais a cada ano. O ano de 2001 foi especialmente negativo, com cinco derramamentos acontecendo na mesma semana. Em março de 1989, a catástrofe do Exxon Valdez abriu os olhos da população norte-americana para o problema do derramamento de petróleo no mar. O Valdez encalhou no estreito Prince William, no Alasca, e derramou 41,5 bilhões de litros de petróleo cru nas águas. Como resultado, os norte-americanos viram a morte de incontáveis pássaros e mamíferos aquáticos, cobertos de óleo. As pessoas começaram a imaginar: de que maneira os especialistas limpam manchas de petróleo?
O processo de escolha é escolhido de acordo com as condições. Quando ocorre um derramamento de petróleo, o óleo forma uma película de cerca de um milímetro de espessura que flutua na água, devido a densidade. O óleo termina por se espalhar e sua espessura vai se reduzindo ao fazê-lo até que se tornar uma mancha mais ampla e muito fina. A rapidez com a qual uma equipe de limpeza atinge a área afetada pela mancha - bem como outros fatores como as ondas, as correntezas e o clima - determina o método a ser utilizado para limpar o petróleo derramado. Se a equipe puder chegar ao local do derramamento no prazo de uma ou duas horas, pode escolher a técnica de contenção e remoção para limpar a mancha. Longas hastes que flutuam na água, sustentadas por bóias e que portam uma espécie de saia que pende por sobre a água, contêm o petróleo e impedem que a mancha se espalhe. Isso torna mais fácil remover o óleo da superfície, por meio de barcos com aparelhos de sucção que encaminham o óleo a tanques de contenção. Uma mancha desse tipo pode requerer igualmente o uso de absorventes - grandes esponjas que absorvem o petróleo da água. As equipes de resgate podem atear fogo ao óleo, em um processo conhecido como queima in situ, mas isso resulta em fumaça tóxica e provavelmente não poderia ser usado em locais próximos a assentamentos populacionais costeiros. Uma mancha de petróleo atingida com relativa rapidez e localizada a alguma distância de cidades é mais fácil de limpar por meio de métodos como os descritos. Mas as coisas raramente funcionam com tamanha facilidade. Manchas de petróleo são em geral muito complicadas, perigosas e ameaçadoras para o meio ambiente. Elas podem atingir a costa e ter tempo suficiente para se espalhar e prejudicar a fauna e a flora do local.