Shoemaker-Levy 9

Shoemaker-Levy 9 foi um cometa que orbitava o Sol e que podia representar grande risco ao planeta Terra. Isso até ser capturado pela gravidade de Júpiter, talvez na década de 70 ou 60. Porém em julho de 1994, o cometa foi despedaçado em 20 pedaços e caiu em Júpiter, fornecendo a primeira observação direta de uma colisão extraterrestre entre dois corpos do Sistema Solar.
S-L9 foi descoberto por Carolyn e Eugene Shoemaker e David Levy em 24 de março de 1993 durante uma procura por NEOs (sigla em inglês para Objetos Próximos à Terra). Este foi o nono cometa com períodos de 200 anos ou menos descoberto pelo trio. Devido a isso recebeu seu nome.
A primeira imagem da descoberta deu o indício que S-L9 era um cometa estranho, pois mostrava vários núcleos em uma região alongada. Era a descoberta da primeira aglomeração de asteróides.
Estudos da órbita de S-L9 logo revelaram que ele orbitava Júpiter e não o Sol, o que contrariava todos na época de sua descoberta. Ele levava cerca de dois anos terrestres para completar a volta em Júpiter a uma distância média de um terço da distância entre o Sol e a Terra, e com uma órbita extremamente excentrica. Pouco tempo depois mostrou-se que havia grande possibilidade de choque entre os corpos, causando muitas expectativas na comunidade científica, afinal os astrônomos nunca haviam visto a colisão de corpos significativos no Sistema Solar. A separação do cometa revelou a grande chance de se poder estudar as camadas inferiores de Júpiter. As colisões causaram ondas sísmicas atravessando Júpiter, erupções de materiais de partes normalmente escondidas pelas camadas externas, além de um aumento na massa dos anéis de Júpiter. Apesar de S-L9 não existir mais, seu legado será estudado por anos pela ciência ainda.