Chuva ácida

A chuva ácida é um fenômeno que surgiu com a crescente industrialização no mundo, e tem relação direta com a poluição do ar, manifestando-se com maior intensidade e maior abrangência nos países desenvolvidos. Não obstante, o fenômeno começa a se mostrar em regiões isoladas de países como o Brasil. As emissões de fumaça das usinas termelétricas à base de carvão, das industrias de celulose, das refinarias, dos veículos automotores, assim como qualquer poluente gasoso lançado na atmosfera, contribuem para a formação de chuva ácida. Compostos de enxofre e nitrogênio são os principais componentes desta chuva, que pode se manifestar tanto no local de origem, como a centenas de quilômetros de distância.
Um exemplo disto é a mineração de carvão em Criciúma, Santa Catarina, que é responsável pela chuva acidificada pelo enxofre emanado do carvão depositado, que se mistura às formações de nuvens, em suspensão no ar. Esta chuva quando transportada pelos ventos vai cair, por exemplo, no parque nacional de São Joaquim, também em Santa Catarina, situado a muitos quilômetros de distância.
Nos gases produzidos por fábricas e motores (em especial quando há queima de carvão mineral) são liberados para a atmosfera óxidos de enxofre (SO2) os quais reagem com o vapor da água produzindo ácido sulfúrico (H2SO4), que é diluído na água da chuva e dando origem a chuva ácida, com pH muito ácido. O pH (potencial de hidrogênio, índice utilizado para medir acidez : quanto menor mais ácido), medido para a maioria das chuvas ácidas, assume valores inferiores a 4,5, sendo que o pH de uma chuva normal é de 5. Este tipo de chuva, quando freqüente provoca acidificação do solo, prejudicando também plantas e animais, a vida dos rios e florestas. Da mesma forma as edificações presentes na área são afetadas. Um lago que tem seu pH reduzido a 4,5, por doses repetidas de chuva ácida, impossibilita condições de vida para vários organismos. Um pH 2, iguala-se ao pH do suco de limão. O excesso de nitrogênio lançado pela chuva ácida em determinados lagos também pode causar crescimento excessivo de algas, e consequentemente perda de oxigênio, provocando um significativo empobrecimento da vida aquática. A ingestão de água potável acidificada, por longos períodos, pode causar a doença de Parkinson e de Alzheimer, a hipertensão, problemas renais e , principalmente em crianças, danos ao cérebro. Estima-se que nos EUA a chuva ácida é a terceira maior causa de doenças pulmonares.

Continuando no ritmo atual de poluição do ar, nos próximos 30 anos a chuva ácida causará maiores alterações na química dos solos do que as florestas tropicais poderiam suportar. Este fenômeno pode ser reduzido pela instalação de equipamentos que evitem as emissões gasosas, principalmente de compostos de enxofre e nitrogênio. No Brasil, a mata atlântica é extremamente afetada pela chuva ácida, uma vez que muitos centros urbanos e industriais se localizam próximos ao litoral. Em Cubatão (São Paulo) vários programas de reflorestamento têm acontecido nos últimos anos, a fim de proteger as encostas cuja vegetação foi destruída.

Céu Noturno

Esta foto foi tirada pelo telescópio Hubble. E mostra milhares, senão milhões de estrelas no firmamento. Cada ponto está anos-luzes um do outro. Isto nos mostra o quão pequeno somos nós. E apesar de haver toda essa imensidão sobre nós, existe apenas um lugar onde podemos morar: a Terra.

Ciência Rápida #4

No mês de março deste ano, o vulcão de nome impronunciável, Eyjafjallajökull, entrou em erupção e causou muitos danos à Islândia e outros países europeus. Porém, vulcões não possuem apenas o poder de destruir e causar danos. Eles podem regular o clima do planeta, e serem um dos responsáveis pela vida no planeta Terra. Vulcões são aberturas em montanhas presentes na superfície da Terra que expelem gases, fogo e lava. Os vulcões surgem quando as chamadas placas tectônicas - que fazem parte da crosta terrestre - se chocam movimentando o material presente sobre elas e deixando aberturas para camadas mais profundas do planeta. Por essas aberturas pode sair o magma presente entre a crosta e a manta - camada média da Terra.

Para entendermos a formação dos vulcões precisamos também conhecer a formação do magma. Quanto mais próximo ao interior do nosso planeta, maior é a temperatura e a pressão do local. Entre a crosta e a manta, as rochas podem entrar em fusão e formar um líquido, o magma. Esse magma sobe devido a diferença de densidade. Ao subir podem acontecer duas coisas: o magma pode chegar até a superfície, tornando-se um vulcão e expelindo lava ou pode ficar alojado em algum lugar. O granito é um exemplo de magma que não foi expelido e se cristalizou em profundidade. A erupção do vulcão pode ser explosiva ou em derrame, dependendo da quantidade de sílica e gases na lava. A sua natureza explosiva deve-se ao conteúdo rico em sílica do magma, que aumenta a viscosidade e portanto o potencial de sua explosão. Se menos viscoso, ele é mais fluido e portanto, vai derramar. A temperatura desse magma é de aproximadamente 1.200°C e a velocidade que ele pode percorrer depois de sair do vulcão é de até 80 km/h.

A galinha dos ovos azuis

As galinhas araucanas, tem a capacidade de botar ovos coloridos, principalmente azuis. Isso porque produzem uma pigmento azul conhecido como oocianina, resultado da produção de bile. Criadores da raça araucana, originada do Chile, dizem que a oocianina penetra em toda a casca por que é adicionada no início da formação do ovo. No caso da maioria das galinhas dos ovos coloridos, o pigmento é adicionado na camada exterior quando o ovo passa pelo oviduto.
Ovos marrons e mosquados, padrões de cores mais comuns, vêm de uma classe de pigmento conhecido como porfirina, normalmente produzida por um desarranjo de glóbulos vermelhos.
As araucanas, que pode ser ela mesmo mestiça, é controlada para garantir que o gene responsável pela produção da oocianina não seja mascarado. Em outros casos mais raros, é possível obter também ovos verdes!

Cachoeira de Fogo

Se um dia você estiver no parque nacional de Yosemite, nos Estados Unidos, não se assuste se ver uma grande queda de lava no final da tarde. Essa é Horsetail Fail (Queda do Rabo de Cavalo, em inglês). Esta queda d'água que desaba do El Capitan (uma incrível formação rochosa vertica de 910 metros de altura, sendo um dos principais pontos da prática de alpinismo no mundo), possui uma característica muito singular. Por isso, El Capitan também é famoso por suas muitas cachoeiras. Nas suas últimas semanas de fevereiro,  quando os raios do Sol incidem sobre Horsetail Fail em um determinado horário, suas águas refletem-na e a ilumina com um brilho dourado dando a impressão de que cai lava ao invéz de água, apresentando um show único e espetacular. Este fenômeno marca o fim do inverno e o início da primavera no hemisfério.

Eisriesenwelt: Castelo glacial

A entrada de Eisriesenwelt, a maior formação de cavernas de gelo do mundo, na Áustria, pode ser avistada de longe: tem 20 metros de largura por 18 de altura. Mas, localizada a 1000 metros de altitude, onde a temperatura média no verão é de zero grau, essa abertura não é visível do vale do Rio Salzach, próximo de Salzburgo. Por isso, as cavernas, formadas há milhões de anos, permaneceram incógnitas até 1879 e só se tornaram conhecidas do mundo 30 anos depois. Hoje, Eisriesenwelt é visitada por 200 000 turistas anualmente. As cavernas estendem-se por 42 quilômetros. A parte coberta de gelo e aberta aos turistas é de apenas 1 quilômetro. Nesse trecho de chão liso as paredes são formadas por colunas, torres e cascatas de gelo de todas as formas, que se modificam sutilmente a cada ano, esculpidas pelo vento gelado que penetra por inúmeras aberturas. As cavernas de Eisriesenwelt estendem-se por incríveis 42 quilômetros. É a mesma distância que percorrem os atletas de uma das modalidades esportivas mais desgastantes – a maratona.

Água Pesada

 Água pesada ou água deuterada, como quiser, é, de maneira rápida, óxido de deutério tendo como fórmula D2O ou 2H2O. Apesar de ser quimicamente igual a água comum, H2O, os átomos de hidrogênio desta molécula possuem em seu núcleo, além do próton (encontrado em todos os hidrogênios), um nêutron o que faz com sua massa praticamente dobre. Para comparação, em cada copo de água que você bebe, 0,001% daquele total é água pesada (2H2O), neste raciocínio concluímos que em cada litro de água, há um mililitro de água deuterada. Existe também a água semipesada, HDO, onde existe um átomo de hidrogênio normal e outro de deutério.

Durante a quebra dos átomos de urânio em um reator nuclear são liberados nêutrons que, ao colidirem com outros átomos de urânio, são absorvidos provocando também sua fissão. Mas os nêutrons são liberados com altíssima carga de energia, que precisa ser diminuída para possibilitar sua absorção pelos outros átomos e a continuidade da reação em cadeia. Entra então em cena a água pesada, que circunda o tubo de metal onde está o urânio. Quando o nêutron super energético resultante da fissão do urânio colide com o deutério, sua energia diminui, sem que ele seja absorvido. Com a energia cedida pelo nêutron do átomo de hidrogênio, a água pesada atinge temperaturas muito altas e pode ser usada para a produção de energia elétrica.

Esta singular substância também é utilizada na captura de alguns neutrinos. Neste processo utiliza-se câmaras subterrâneas, lugares onde não se sofre interferência da radiação, preenchidas por até 57 mil metros cúbicos  (57 bilhões de litros) de água com abundância relativa de deutério. Muito ocasionalmente, um neutrino de passagem advindo do Sol colide com um dos núcleos atômicos da água produzindo jatos de energia. Os cientistas contam estes jatos e, assim, nos aproximam um pouco mais da compreensão das propriedades fundamentais da matéria.

A ilha do chapéu

A ilha de Vatu Vara, que fica no arquipélago de Fiji, é considerada uma das mais lindas ilhas privadas do mundo. Vatu Vara é chamada de “Ilha do chapéu” graças a peculiar formação em forma de um platô rochoso altíssimo que sobe a nada menos que 314 metros de altura. A ilha, que faz parte de um grupo de ilhas chamadas de Lau, é um vulcão extinto com dois picos que descem para uma lagoa azul adornada com um colar de recifes de coral e uma maravilhosa floresta virgem, recheada com frutas nativas e pássaros silvestres. O mar azul de águas mornas está repleta de vida com peixes de todos os tipos e cores. A ilha tem uma área plana com aproximadamente 2,1 km e só é acessível por barco. Tem um preço de 75 milhões de dolares.

Grand Canyon

O Grand Canyon é uma região cheia de altos e baixos localizada na região central dos Estados Unidos. Esta grande formação rochosa foi criada pelo rio Colorado a milhares de anos atrás.

Ciência Rápida #3

As Palm Islands são as maiores ilhas artificiais do mundo, que serão localizadas em Dubai, Emirados Árabes Unidos. Este enorme arquipélago construído pelos humanos, será formado de três ilhas em forma de palmeira, sendo que uma, Palm Jumeirah, já está em fase de acabamento. Nestas ilhas, grandes obras de infra-estrutura comercial e residencial serão construídas, com o intuito de atrair milhões de turistas todos os anos.
A Palm Jumeirah, consiste em 3 partes: um tronco, uma coroa com 17 copas e uma ilha crescente que forma um quebra-mar, uma barreira contra as ondas. E ainda conterá em cada lado do tronco, duas ilhas idênticas com 140 mil metros cúbicos no formato do logo das Palm Islands. Elas serão pessoais do sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum, o atual dirigente de Dubai.
Esta enorme construção foi comissionada pelo dirigente de Dubai, afim de aumentar o turismo em Dubai. No total, as três palmeiras, mais um arquipélago separado conhecido como The World (em inglês, O mundo), acrescentará 520 km de praias para Dubai. Todo este espaço será ocupado por mais de 100 hotéis de grande luxo, residenciais exclusivos, vilas, apartamentos, parques, shoppings, centros esportivos e spas. A terceira ilha, Palm Deira, terá uma superfície maior que a cidade de Paris, contando com 1 bilhão de metros cúbicos de areia e será concluída daqui 10-15 anos.

Eucalipto arco-íris

Parece que o tronco desta árvore foi pintado para ser usado como parte de uma nova campanha publicitária de uma empresa de tintas. No entanto, o Eucalipto Arco-íris (ou deglupta Eucalyptus em latim) já cresce com muitas das cores do arco-íris e é o único representante da família dos eucaliptos encontrado naturalmente no hemisfério norte, em ilhas da Indonésia, Filipinas e Nova Guiné. Atualmente, essa árvore é amplamente cultivada ao redor do mundo onde é empregada principalmente na produção de papel. Entretanto, por causa de suas vistosas listras coloridas, o eucalipto também vem sendo utilizado para fins ornamentais. A casca exterior cai anualmente em diferentes épocas, deixando aparecer o verde claro da parte interior, que vai escurecendo gradualmente resultando em tons de azul, roxo, laranja e marrom até amadurecer completamente.
 O resultado é o tronco multicolorido do eucalipto arco-íris, que mais parece uma pintura. É encontrada principalmente na Nova Guiné, Nova Bretanha e Sulawesi e pode crescer até aos setenta e cinco metros de altura.

Shoemaker-Levy 9

Shoemaker-Levy 9 foi um cometa que orbitava o Sol e que podia representar grande risco ao planeta Terra. Isso até ser capturado pela gravidade de Júpiter, talvez na década de 70 ou 60. Porém em julho de 1994, o cometa foi despedaçado em 20 pedaços e caiu em Júpiter, fornecendo a primeira observação direta de uma colisão extraterrestre entre dois corpos do Sistema Solar.
S-L9 foi descoberto por Carolyn e Eugene Shoemaker e David Levy em 24 de março de 1993 durante uma procura por NEOs (sigla em inglês para Objetos Próximos à Terra). Este foi o nono cometa com períodos de 200 anos ou menos descoberto pelo trio. Devido a isso recebeu seu nome.
A primeira imagem da descoberta deu o indício que S-L9 era um cometa estranho, pois mostrava vários núcleos em uma região alongada. Era a descoberta da primeira aglomeração de asteróides.
Estudos da órbita de S-L9 logo revelaram que ele orbitava Júpiter e não o Sol, o que contrariava todos na época de sua descoberta. Ele levava cerca de dois anos terrestres para completar a volta em Júpiter a uma distância média de um terço da distância entre o Sol e a Terra, e com uma órbita extremamente excentrica. Pouco tempo depois mostrou-se que havia grande possibilidade de choque entre os corpos, causando muitas expectativas na comunidade científica, afinal os astrônomos nunca haviam visto a colisão de corpos significativos no Sistema Solar. A separação do cometa revelou a grande chance de se poder estudar as camadas inferiores de Júpiter. As colisões causaram ondas sísmicas atravessando Júpiter, erupções de materiais de partes normalmente escondidas pelas camadas externas, além de um aumento na massa dos anéis de Júpiter. Apesar de S-L9 não existir mais, seu legado será estudado por anos pela ciência ainda.

Everest: Topo do mundo

O ponto culminante da Terra fica no Everest, montanha de 8.848 metros de altura, o que equivale aproximadamente à altitude de cruzeiro de um Boeing. O Everest integra a cadeia montanhosa mais alta do mundo, a cordilheira do Himalaia, que se estende entre o Tibete, a Índia e a China, mais de 4 000 metros acima do nível do mar. O nome Everest é uma homenagem a sir George Everest, procurador-geral da Coroa Britânica que, em 1856, identificou o cume, cuja formação data de 60 milhões de anos. Antes de os exploradores ocidentais começarem a desafiar o Himalaia, os nativos mantinham-se distantes das montanhas de topo perenemente congelado porque acreditavam que ali era a morada dos deuses. Entre os nepaleses, a montanha é conhecida como Sagarmatha, que significa “deusa dos céus”, e entre os tibetanos, por Chomolungma, que quer dizer “deusa do universo”. Se não encontraram deuses no Himalaia, muitas pessoas acreditam ter achado pistas inequívocas da existência do Yeti, o abominável homem das neves: suas pegadas, com três dedos e um grande polegar, foram identificadas por vários exploradores desde o século 19. Os nativos nunca duvidaram de sua existência, mas, para os ocidentais, o indício mais forte surgiu em 1986. Em março daquele ano, a criatura foi fotografada pelo inglês Anthony B. Wooldridge. Segundo o explorador, o suposto Yeti tinha cerca de 1,80 metro de altura, cabeça grande e quadrada e corpo coberto de pêlo escuro. As fotos de Wooldridge foram dadas como autênticas por vários cientistas, entre eles o zoólogo Desmond Morris, considerado um cético. Ainda assim, há quem acredite que o Yeti, na verdade, não passa de uma espécie rara de urso de hábitos noturnos que pode atingir 2,20 metros de altura.

Grande Barreira de Corais

Se você pretende mergulhar em Cairns, norte da Austrália, e conferir a beleza da Grande Barreira de Corais, é melhor se apressar. A maior estrutura de organismos vivos da Terra, considerada uma das sete maravilhas da natureza no mundo, está perdendo seu principal atrativo – as cores deslumbrantes. Em cerca de 25 anos, estima-se que metade de sua área, de 350 000 quilômetros quadrados e que se estende por 2 300 quilômetros de praia, poderá ter perdido a cor e ficado branca. A ameaça a esse patrimônio, formado há pelo menos 2 000 anos, vem dos sedimentos e detritos químicos provenientes das cidades costeiras. Os resíduos prejudicam a reprodução dos corais e servem de alimento para estrelas-do-mar espinhosas, que devoram também esses pequenos animais marinhos e já destruíram grandes áreas do recife. O branqueamento dos corais resulta, além disso, das altas temperaturas registradas ultimamente nas águas da região, efeito de gases como o dióxido de carbono. Em cerca de 900 ilhas e inúmeros recifes, a Grande Barreira abriga em torno de 2 900 espécies de corais e 1 500 espécies de peixes. Ao norte, o recife é praticamente contínuo e situa-se a apenas 50 quilômetros da costa.

Lago Baikal

O lago mais profundo do planeta, o Baikal, na Sibéria, Rússia, teria chamado a atenção até mesmo de alienígenas. Segundo alguns ufólogos, em 1908, visitantes do espaço teriam tentado coletar água da gigantesca reserva, cujo ponto mais profundo fica a 1,6 quilômetro da superfície. Mas a nave espacial dos extraterrestres teria explodido antes da aterrissagem, nas proximidades do vale do Rio Tunguska Médio, provocando ondas sísmicas por todo o planeta. Essa história pode não passar de uma lenda, mas o fato é que o misterioso Baikal, que contém 20% da água doce da Terra, atrai visitantes do mundo inteiro. No verão as pessoas vão ao lago para provar suas águas puras, engarrafadas sem qualquer tratamento por meio de um sistema rústico: mergulham-se as garrafas diretamente no lago. O inverno atrai turistas mais ousados, que se arriscam a cruzar dirigindo sua superfície congelada de 31 500 quilômetros quadrados – e nem sempre se dão bem, pois às vezes o gelo se rompe e o automóvel literalmente vai por água abaixo. Quando o gelo possui 1 metro de profundidade, ele demonstra ter 4 centímetros, devido a sua estrutura química diferente de qualquer outro lago do mundo. O formato do Baikal lembra uma meia-lua, com 636 quilômetros de uma ponta à outra. Além de ser o mais profundo, o lago é o mais antigo reservatório natural de água doce da Terra, formado entre 20 milhões e 25 milhões de anos atrás.
Acredita-se que o Baikal tenha se formado a partir do choque entre dois continentes, causando uma grande depressão onde a água teria se depositado. 

Sol da meia-noite

Devido à inclinação do eixo da Terra, algumas regiões com latitudes muito altas, recebem uma vez por ano, um fenômeno conhecido como sol da meia-noite. Nestes dias, não há noite, o Sol não se põe.

Ciência Rápida #2

A imortalidade foi sonho de muitos homens ao longo dos tempos. Já vimos isto em livros, filmes, desenhos animados e através de muitos mitos populares. Mas a DARPA (Agência de Projetos de Investigação Avançada da Defesa) foi um pouco além ao tratar de converter o sonho em realidade. Ao menos, inicialmente, porque a DARPA anunciou suas intenções de produzir organismos sintéticos que possam viver para sempre, como base de um projeto chamado Biodesign e do qual pouco se sabe, apenas que recebeu um orçamento de seis milhões de dólares destinados a financiar a pesquisa destes organismos que poderão viver indefinidamente ou até que se ative um mecanismo de autodestruição, que existirá como mecanismo de segurança. Por sua vez, este projeto supõe mais perguntas que respostas, obviando os evidentes problemas éticos, se desconhece o alcance das pretensões da DARPA quanto à suposta imortalidade destes organismos; o que torna o assunto ainda mais complexo pelo dilema do começo da vida; também supõe um grande perigo a possibilidade de organismos sintéticos imortais, sejam estes inteligentes ou não, nas mãos equivocadas. No entanto, seja qual for o caso, este projeto não "cheira" muito bem, salvo para quem possa utilizá-lo como uma arma extremamente controlada ou para funções civis, questão que duvido dada a natureza e do que já conhecemos sobre a DARPA.

A cidade mais poluída

Desde a década de 90, a Cidade do México lidera o nada lisonjeiro ranking de cidades mais poluídas do mundo. Os altos níveis de dióxido sulfúrico, monóxido de carbono e ozônio presentes em sua atmosfera são freqüentemente mais de duas vezes o limite considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Flutuam ainda nos ares da capital mexicana volumes de moderados a médios de dióxido de nitrogênio.

A poluição atmosférica na Cidade do México é potencializada pelo fato de ela se situar num vale, onde é mais difícil a dispersão das partículas poluentes. De acordo com a OMS, as capitais da Venezuela (Caracas) e da Colômbia (Bogotá) ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugar na lista das cidades mais poluídas.

No outro extremo, as cidades menos poluídas do mundo são Calgary (Canadá), seguida de Honolulu (Estados Unidos), Helsinque (Finlândia), Katsuyama (Japão), Minneapolis (Estados Unidos) e Ottawa (Canadá).

O lago mais salgado do mundo

No continente antártico há um lago tão salgado que não congela nunca, mesmo à uma temperatura de 53ºC negativos. Isso apesar de ter apenas 10 centímetros de profundidade média. A água do Lago Don Juan, na região dos Vales Secos, é 20 vezes mais salgada que a do mar. Só para comparar: no Morto, o mar mais salgado, o sal equivale a 23% do peso da água, enquanto no Lago Don Juan chega a 40%!
De aspecto macabro, a orla desse lago é coberta por cristais de cálcio e sal. Contribuem para sua aparência inóspita o ar seco e os altíssimos níveis de radiação solar da Antártica. Ainda assim, há vida por lá. Em 1976, biólogos descobriram nas orlas do lago alguns dos organismos mais antigos do planeta, com até 200 000 anos. São algas, fungos e bactérias que sobrevivem nos poros das pedras.

O ser mais abundante

De inicio pensaram que esse ser era a bactéria, mas ao que parece existe um ser muito menor e mais abundante. Há mais bacteriófagos na Terra que qualquer outra forma de vida. Estes pequenos vírus não são exatamente uma forma de vida, uma vez que, quando não acoplados às bactérias eles ficam completamente adormecidos. Bacteriófagos atacam e comem bactérias e têm feito isso pelos últimos três bilhões de anos. Apesar de terem sido descobertos no início do século passado, a tremenda abundância de fagos foi percebida recentemente quando se descobriu que uma única típica gota de água do mar contém milhões deles. Extrapolando, fagos devem ser pelo menos bilhões e bilhões de vezes mais numerosos que humanos. Fagos são muito pequenos, pode-se colocar alinhado um milhão deles ao longo de um milímetro. A habilidade de matar bactérias pode fazer dos fagos um potencial aliado contra as bactérias que causam doenças em humanos, ainda que os bacteriófagos não sejam completamente entendidos para ser usados em práticas médicas corriqueiras.

Há líquido que não molha?

Sim. E você com certeza vê este líquido em vários lugares. Acredite se quiser, o vidro está em estado líquido. E ele não se "desfaz" como a água, devido a uma pressão interna que o mantém intacto. Mas indo além disso, o assunto depende da composição química do líquido e também da superfície onde ele é depositado. Um exemplo é o mercúrio que corre dentro dos termômetros, ele não molha o vidro nem nenhum tipo de papel, mas se for jogado numa superfície de ouro, a bolinha de mercúrio se desfaz, espalhando-se. O que determina se um líquido molha ou não é uma disputa entre as forças de coesão – que mantêm moléculas e átomos de um mesmo material unidas – e as forças de adesão – determinadas pela atracão que as partículas de um material exercem sobre partículas de outros materiais. Ou seja, um líquido molha quando as partículas da superfície geram uma atracão maior do que a atracão das partículas entre si. E, claro, se a superfície tiver poros, o líquido parece molhar mais, porque suas partículas se depositam nesses orifícios.

Energia da Lua

Se ignorarmos todas as guerras, conflitos, emissões de gases estufa, derramamentos e coisas mais, o petróleo vem fazendo bem à humanidade. Afinal, ele fomentou o desenvolvimento mundial em velocidade acelerada, porém, é um recurso finito e não-renovável, o que significa que, um dia ele acabará. A consciência de que a humanidade está envolvida em uma corrida contra o relógio, em relação a fontes de combustíveis, faz da energia alternativa uma questão crucial. Idéias como o etanol produzido de gramíneas, o biodiesel e a energia eólica e solar podem, em breve, começar a responder por boa parte da energia do planeta. Mas todas elas ainda enfrentam obstáculos em termos de geração de energia em larga escala. Por isso, os pesquisadores continuam a vasculhar o planeta em busca de novas maneiras de mantê-lo abastecido de energia. Mas, por que até hoje não olhamos no que nos circunda: a Lua?
A atração gravitacional da Lua sobre os corpos aquáticos cria marés. Esse movimento, por sua vez, cria energia cinética na água. Tudo que se movimenta tem energia cinética - quer se trate do vento ou de uma bola rolando. A energia cinética pode ser capturada pelos seres humanos por meio de moinhos de vento. Os pesquisadores estão tentando explorar a energia das marés utilizando um esquema semelhante ao usado nos moinhos de vento. A água é mais densa que o ar, desta maneira, com turbinas subaquaticas, produzindo a mesma quantidade de energia, com menor velocidade e com menor área. E torna-se mais confiável que as turbinas de vento. Pois o a movimentação de ar é muito imprevisível, enquanto que ambas as marés, alta e baixa, são previsíveis, confiáveis e calculadas.
Apesar do Sol ser 400 vezes maior que a Lua, ele está 400 vezes mais longe que ela [coincidência, não?]. Mas em questões astronomicas, a proximidade conta mais que o tamanho. Desta maneira, a Lua produz uma maré duas vezes maior do que o Sol.

Olho de Gato

Esta é a foto de uma nebulosa muito famosa, conhecida como Olho de Gato. Localizada na constelação de Dragão, há 3.300 anos-luz da Terra, acredita-se que esta Nebulosa tenha sido formada por uma supernova de um sistema binário de estrelas.

Ciência Rápida #1


Em 2001, a cidade mais antiga da América do Sul foi oficialmente reconhecida. Datando de 2.600 anos antes de Cristo. Misteriosa, o que mais intriga é que a cidade de Caral tem pirâmides, contemporâneas das Pirâmides do Egito. Há 22 km de Puerto Supe, ao longo da costa deserta, 120 km de Lima, capital do Peru. Arqueólogos provaram que mesmo em tempos modernos, grandes descobertas ainda podem ser feitas. A Antiga Pirâmide de Caral é anterior à civilização Inca cerca de 4.000 anos e foi construída um século antes da pirâmide de Gizé. É a mais importante descoberta arqueológica desde a descoberta de Machu Picchu, em 1911. Descobertas em 1905, as ruínas foram rapidamente esquecidas posto que não estavam supridas de ouro e cerâmicas. Caral é importante habitat de plantas domésticas, como algodão, feijão, abóbora e goiaba. A ausência de recursos cerâmicos faz com que essas comidas não sejam cozinhadas, entretanto, podem ser assadas. O Centro se entende por  cerca de 607 mil metros quadrados e contém seis pedras plataformas tumulares - pirâmides. O maior morro mede 154 por 138 metros, embora somente 20 metros aflorem à superfície, duas praças, ainda soterradas são a base do túmulo e uma grande praça conecta todos os túmulos. Por uma razão desconhecida, Caral foi abandonada rapidamente depois de um período de 500 anos (2.100 a.C). Segundo a teoria mais aceita a população migrou devido a uma seca. Os habitantes foram forçados procurar terras férteis. As condições ásperas de vida não desapareceram. De acordo com World Monumento Fund. (WMF), Caral é um dos 100 sítios arqueológicos em perigo do mundo, em risco de desaparecer ou ser completamente vandalizado.

Vazamento de óleo

O mundo consumiu mais de 13,2 bilhões de litros de petróleo por dia, em 2006, segundo o Departamento de Energia dos EUA. Cerca de 60% deste petróleo chegou ao seu destino por via marítima. Devido a penalidades mais severas e a avanços no projeto de navios, felizmente, o número de incidentes de derramamento de petróleo reduziu desde que o boom da navegação petroleira começou, nos anos 60. Porém infelizmente, os acidentes não foram eliminados completamente. Entre 1990 e 1999, uma média de 150 mil toneladas de petróleo foi derramada nas vias marítimas mundiais a cada ano. O ano de 2001 foi especialmente negativo, com cinco derramamentos acontecendo na mesma semana. Em março de 1989, a catástrofe do Exxon Valdez abriu os olhos da população norte-americana para o problema do derramamento de petróleo no mar. O Valdez encalhou no estreito Prince William, no Alasca, e derramou 41,5 bilhões de litros de petróleo cru nas águas. Como resultado, os norte-americanos viram a morte de incontáveis pássaros e mamíferos aquáticos, cobertos de óleo. As pessoas começaram a imaginar: de que maneira os especialistas limpam manchas de petróleo?
O processo de escolha é escolhido de acordo com as condições. Quando ocorre um derramamento de petróleo, o óleo forma uma película de cerca de um milímetro de espessura que flutua na água, devido a densidade. O óleo termina por se espalhar e sua espessura vai se reduzindo ao fazê-lo até que se tornar uma mancha mais ampla e muito fina. A rapidez com a qual uma equipe de limpeza atinge a área afetada pela mancha - bem como outros fatores como as ondas, as correntezas e o clima - determina o método a ser utilizado para limpar o petróleo derramado. Se a equipe puder chegar ao local do derramamento no prazo de uma ou duas horas, pode escolher a técnica de contenção e remoção para limpar a mancha. Longas hastes que flutuam na água, sustentadas por bóias e que portam uma espécie de saia que pende por sobre a água, contêm o petróleo e impedem que a mancha se espalhe. Isso torna mais fácil remover o óleo da superfície, por meio de barcos com aparelhos de sucção que encaminham o óleo a tanques de contenção. Uma mancha desse tipo pode requerer igualmente o uso de absorventes - grandes esponjas que absorvem o petróleo da água. As equipes de resgate podem atear fogo ao óleo, em um processo conhecido como queima in situ, mas isso resulta em fumaça tóxica e provavelmente não poderia ser usado em locais próximos a assentamentos populacionais costeiros. Uma mancha de petróleo atingida com relativa rapidez e localizada a alguma distância de cidades é mais fácil de limpar por meio de métodos como os descritos. Mas as coisas raramente funcionam com tamanha facilidade. Manchas de petróleo são em geral muito complicadas, perigosas e ameaçadoras para o meio ambiente. Elas podem atingir a costa e ter tempo suficiente para se espalhar e prejudicar a fauna e a flora do local.