Heliosfera

O Sistema Solar não acaba em Plutão. A influência gravitacional do Sol vai 3 mil vezes mais longe. E essa influência cria uma camada protetora para nós, a heliosfera. Esta capa nos protege de raios cósmicos vindo de um espaço longe e profundo em direção a nós, do mesmo jeito que a magnetosfera nos protege dos rumores do Sol.


A heliosfera é uma região periférica do Sol, preenchida pelo vento Solar, até hoje não conhecida suas dimensões. Seus limites são denominados de heliopausa. Instrumentos adicionados às espaçonaves Voyager e Pioneer, confirmaram que a heliosfera estende-se além do sistema solar. Provavelmente até 100 UA (Unidades Astronômicas, 1UA = Distância Terra-Sol). A heliosfera é uma "bolha" feito com vento solar.
O vento solar é uma corrente de partículas carregadas que viajam continuamente em todas as direções. A heliosfera é como se esse vento infla-se uma gigantesca bolha no espaço.
Ao mesmo tempo que tudo isso acontece, nós viajamos velozmente ao redor do centro da Via Láctea, o que faz colidir com ventos interestrelares, uma chuva de partículas emitidas por outras estrelas. Estas partículas são perigosas à Terra, pois junto com elas há muita radiação, que poderia causar uma grande extinção no planeta. Em um determinado ponto, ainda não localizado no espaço, o vento solar e o vento interestrelar se encontram. O local onde suas pressões se equivalem determina o limite do Sistema Solar. As sondas Voyager foram os primeiros objetos construídos pelo homem a deixar o Sistema Solar, e estão tirando medidas da Heliosfera para descobrir seu tamanho. Mas o problema é que estão tirando dados de apenas dois pontos de uma bolha com tamanho imensurável.
Próximo à Terra a velocidade das partículas do vento solar pode variar entre 400 e 800 km/s, com uma densidade de 10 partículas por centímetro cúbico. O mecanismo exato da formação do vento solar não conhecido, mas sabe-se que é formado por plasma de elétrons, prótons, sub-partículas e partículas carregadas provindas de átomos.
Rodrigo